Francisco
Rubira de Albuquerque nasceu em 23 de novembro de 1903, na
localidade de Terra Nova, em Massapê, na Zona Norte do Ceará. Era filho de
Bartholomeu Alves de Souza e Maria Emília de Aguiar. Seu pai, Bartholomeu, era
filho de Eduardo de Sousa Farrapo e Anna Maria de Jesus, enquanto sua mãe,
Maria Emília, era filha de Francisco Solon de Aguiar e Emília Júlia de
Albuquerque.
Aos
16 anos, Rubira começou a trabalhar como comerciante, proprietário de um
armazém na Rua Joaquim Ribeiro, em Sobral. Com o tempo, o seu comércio passou a
agregar os ramos de secos e molhados, compra e venda de couros e peles de
animais, além de uma representação da Empresa Esso, distribuindo querosene e
gasolina.
Em
1930, Rubira casou-se com Maria José Ferreira da Ponte, filha do pecuarista
José Feliciano Ferreira da Ponte e Rita Carmem de Aragão. O casal teve oito
filhos: Armando da Ponte Albuquerque, Raimundo Newton da Ponte Albuquerque,
José Anchieta Ponte de Albuquerque, Rita da Ponte Albuquerque, Caetano da Ponte
Albuquerque, Maria Celina da Ponte Albuquerque, Antônio Ponte de Albuquerque e
Sebastião da Ponte Albuquerque.
Além
de sua participação no comércio e na política, Rubira era conhecido por sua
personalidade forte, simplicidade incomum, educação exemplar e retidão nos
negócios que fazia. Embora fosse uma pessoa cortês, não levava desaforo para
casa.
Rubira
era um católico praticante e membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Sua
fé em Deus e os mandamentos da Igreja Católica eram valores que ele transmitia
a seus filhos e educava dentro de sua família.
Em
1950, Rubira foi nomeado Delegado de Polícia da Comarca de Sobral pelo
Governador do Ceará, Raul Barbosa. Exerceu esse cargo por mais de dez anos.
Paralelamente ao comércio, ele também foi Depositário Público do Tribunal de
Justiça do Estado do Ceará.
No
esporte, Rubira foi entusiasta e apaixonado por esportes hípicos. Ele era sócio
do Jockey Clube de Sobral e proprietário de vários cavalos vencedores, tais como
"Dominó", "Mandarim", "Peter Pan",
"Pagode", "Cruzeiro" e muitos outros que deixaram sua marca
nas corridas. Sua dedicação ao turfe foi além da propriedade de cavalos, pois
ele também atuou como Juiz de Pesos e Jóqueis por mais de trinta anos.
Além
de sua participação no turfe, Rubira deixou sua marca no cenário esportivo
local como fundador dos times de futebol Caixeiral Futebol Clube e Sobral
Futebol Clube.
Após
uma vida de realizações e contribuições para a sociedade de Sobral, Francisco
Rubira de Albuquerque faleceu em 18 de agosto de 1993. Seu corpo foi sepultado
no Cemitério São José, na mesma cidade que tanto amou e serviu.
Em
reconhecimento à sua importância e legado, o Município de Sobral prestou-lhe
uma homenagem em 2019, dedicando o seu nome a uma rua local.
Rubira
foi um homem de princípios sólidos, caráter forte e dedicação em diversas áreas
de sua vida, desde o comércio até a política, esportes e fé. Sua história
permanece viva na memória dos que com ele conviveu, sendo lembrado como um
exemplo de simplicidade, retidão e compromisso com sua comunidade.
Fonte:
CAVALCANTE, Arnaud de Holanda – Sociedade Sobralense 2: Vultos em Destaque.
Sobral: Sobral Gráfica e Editora, 2019, Pgs. 199-200.