terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Sobral no Grande Prêmio Bento Magalhães


 Por Sebastião Albuquerque

Era 1º de outubro de 1965... Naquele ano, eu voltava a morar em Sobral, jogava na equipe dos Anjos e estava totalmente envolvido com o futebol de salão, mas a paixão pelo turfe, herdada de meu pai, Rubira Albuquerque, que era um entusiasta do esporte das corridas a cavalo, nunca me abandonou.

Nessa época, o turfe sobralense ainda vivia o seu apogeu e era muito mais frequentado do que o futebol, que era realizado no Campo da Cidao.

Naquela tarde de domingo, todas as atenções dos turfistas do norte e nordeste estavam voltadas para o Grande Prêmio Bento Magalhães, a prova máxima do turfe nordestino, realizada num percurso de 2.400 metros no Hipódromo de Madalena, em Recife/PE, oferecendo ao grande campeão o prêmio de 1 Milhão de Cruzeiros.

O Derby Club Sobralense se fazia presente trazendo consigo 3 parelheiros vencedores: o lendário “Black Orion”, que dispensava apresentações, pertencente a coudelaria Cara Branca, formada por José Maria Sampáio, Pedro Guimarães, Dr. José Silvestre, Ildefonso Élcio Mendes Carneiro, Edmilson Souza e José Aguiar Frota, “Cambrioleur”, um animal com excelente campanha nos hipódromos do sul do país e incorporado ao turfe sobralense, e “Song”, outro craque que na sua última atuação no Ceará, segundou “Black Orion” na prova do Derby de Sobral.

No ano anterior, na disputa do 1º Grande Prêmio Bento Magalhães, “Black Orion”, um fabuloso cavalo zairo, montado por José Esteves, participou da prova vindo a chegar em segundo lugar, sendo superado por “Geitoso” (registrado no Stud Book Brasileiro com a letra G, e não J) de propriedade do cearense José Ribeiro Araújo, conhecido nos meandros turfistas como "Juca", e montado por José Viana, enquanto que o representante do turfe pernambucano “Galbion”, ficava em terceiro. A prova de 1965 era a oportunidade do turfe sobralense ir a desforra e vingar a derrota de “Black Orion”.

Na época não existia televisão e as notícias demoravam dias para chegar de Recife. Foi um alvoroço só quando surgiu a informação de que “Song”, que defendia a farda do Derby Club Sobralense, teria vencido o GP Bento Magalhães.

Segundo o Diário de Pernambuco, o quinto e último páreo daquela tarde turfística foi uma prova lendária! Além dos três já citados craques levados de Sobral, corriam em casa “Sanjo”, “Acapulco”, “Marciano” e “Glorioso”.

Durante quase todo o percurso, “Sanjo”, animal representante do turfe pernambucano e favorito para disputa, e “Cambrioleur”, representante do Derby Club Sobralense e conduzido por Moisés Santos, revezaram cabeça a cabeça a liderança, enquanto que “Black Orion”, montado por Francisco Viana, seguia na terceira colocação. Somente na reta final, em sensacional "rush", correndo por fora, “Song”, cavalo da caudelaria sobralense pilotado pelo campeão José Viana, assumiu a dianteira do lote sagrando-se o primeiro representante do turfe sobralense a escrever seu nome na galeria de Honra dos vencedores do Grande Prêmio Bento Magalhães.

Depois disso, Sobral voltou a brilhar na prova turfística mais importante do Nordeste em 1976 com “Walladon”; em 1980 com o “Ilozone”; em 2003, com “Omedetô”; todos representando o Stud Arruda & Sampaio; e, finalmente, em 2018 com “Desejado Outpley” do Stud Parente & Edilguar.

Não tenho uma foto do “Song” e não consegui lembrar a quem ele pertencia, mas posto aqui uma foto do grande Black Orion, montado por Francisco Viana, seguro pelo seu proprietário José Maria Sampaio, ladeado por Marcos Rangel e Claudio Gurgel, em uma de suas vitórias no Hipódromo do Pici.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Descendentes de Miguel Henriques de Araújo e Francisca Lourença de Jesus

Descendentes de Miguel Henriques de Araújo e Francisca Lourença de Jesus

 Miguel Henriques de Araújo casou-se com Francisca Lourença de Jesus em Santana do Acaraú, Ceará. Dessa união nasceu:

1. Francisca Henriques de Araújo;

2. Miguel Henriques de Araújo Filho;

3. Raphael Henriques de Araújo;

4. José Pedro Henriques de Araújo;

5. Ângelo Henriques de Araújo;

6. Theresa Maria de Jesus;

7. Joaquim Henriques de Araújo;

8. João Raymundo de Maria

 

1. Francisca Henriques de Araújo nasceu em 4 de outubro de 1857, em Santana do Acaraú, Ceará;

2. Miguel Henriques de Araújo Filho nasceu em 1865, em Santana do Acaraú, Ceará, casou-se com Maria dos Anjos de Maria em 29 de abril de 1890, em Santana do Acaraú, Ceará. Dessa união nasceu:

2.1. José Henriques de Araújo nasceu em 15 de setembro de 1905, em Santana do Acaraú, Ceará;

3. Raphael Henriques de Araújo nasceu em 4 de maio de 1870, em Santana do Acaraú, Ceará. Em 5 de setembro de 1896, em Meruoca, Ceará, casou-se com Anna Emiliana da Costa, nascida em 1875, em Meruoca, Ceará, filha de Manoel da Costa Souza e Maria Pessoa, falecida em 1969, em sua cidade natal, com 94 anos. O casal teve pelo menos 4 filhos e 5 filhas:

 3.1. Monsenhor Manuel Henriques de Araújo nasceu no Sítio Trapiá, em Meruoca, que na época era distrito de Sobral/CE, a 10 de dezembro de 1897.

 

Em 1917, matriculou-se no Seminário da Prainha, em Fortaleza e recebeu o Presbiterato em Sobral a 30 de janeiro de 1927. Cantou sua primeira missa na terra natal a 7 de fevereiro do mesmo ano.

 

Seu primeiro ofício foi ser professor do Seminário Diocesano e capelão da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

 

Nomeado Vigário de Meruoca, tomou posse a 28 de outubro de 1928 permanecendo no cargo até 31 de outubro de 1930; De 1 de novembro de 1930 a 27 de janeiro de 1931 a Paróquia foi assistida pelo Padre José Aloísio Pinto.

 

Durante os dois anos de paroquiato construiu o Padre Manuel Henriques o cemitério de Ventura em 1929, ampliou o cemitério de Alcântaras em 1930 e fundou a "Obra Pontífice da Propagação da Fé" a 27 de outubro do mesmo ano. Na igreja Matriz de Meruoca, reconstruiu as bases das torres, elevando os pilares que faziam as sustentações e deslocando o sino para a base esquerda, já que este servia para fazer as chamadas para os momentos sagrados, realizados a partir das orientações temporais estabelecidas pela posição do sol ou da lua

 

Recebeu como doação do senhor Antero Coelho de Araújo, um rico tapete para o altar-mor, no valor de seiscentos mil réis. O Sr. Antero era natural de Imperatriz no Maranhão.

 

De 7 a 13 de agosto houve visita pastoral presidida pelo Bispo de Sobral, Dom José Tupinambá da Frota em Meruoca. A 31 de outubro de 1930, o Padre Manuel Henriques foi nomeado Vigário de Camocim, em cujo cargo permaneceu até 31 de dezembro, quando foi transferido para a Paróquia de Viçosa do Ceará.

 

Em 05 de janeiro de 1943, foi provisionado como Pároco de Coreaú, onde ficou até 30 de dezembro do mesmo ano.

 

Nomeado a 2 de janeiro de 1945 a 11 de fevereiro assumiu a Paróquia do Patrocínio em Sobral, função que exerceu até 31 de dezembro de 1948.

 

A 10 de janeiro de 1949 tomou posse da Paróquia de Massapê, o seu mais profícuo apostolado que se encerrou em a 1970. Em abril de 1958 foi agraciado pela Santa Sé com o Título de Monsenhor Camareiro Secreto.

 

Mons. Nel, como era conhecido, depois de sentir-se mal ao retornar de uma missa de finados celebrada no Cemitério Abrão, na tarde do dia anterior, faleceu em Meruoca a 3 de novembro de 1973 e foi sepultado no Cemitério Paroquial de Meruoca, hoje Cemitério São Vicente de Paulo.

 

O Município de Meruoca, através da Lei Municipal nº 410, homenageou Monsenhor Henriques atribuindo seu nome a uma Travessa no Bairro Dom Expedito. É nome de escola em Tianguá, Massapê e Meruoquinha.

 

Fonte: SOARES, José Wellington Lucio. e SOARES, Francisco Edson Lucio Soares. in Monsenhor José Furtado Cavalcanti: sua história de vida na história de Meruoca. Meruoca/CE: Sertão Cult, 2019.

 

3.2. Maria Laura Henriques de Araújo nasceu em 16 de dezembro de 1898, em Meruoca, Ceará e faleceu em sua cidade natal.

 

3.3. Maria da Penha Henriques de Araújo nasceu em 16 de dezembro de 1898, em Meruoca, Ceará e faleceu em 23 de agosto de 1998, em Massapê, Ceará, com 99 anos, e foi sepultada em Meruoca, Ceará. Casou-se com Raimundo Carneiro Aragão, filho de Raymundo de Paula Aragão e Raimunda Carneiro, nascido em 17 de janeiro de 1898, em Massapê, Ceará e falecido em 15 de maio de 1960, em sua cidade natal, com 62 anos. O casal teve 1 filho e 1 filha:

 

3.3.1. Maria Dolores Aragão nasceu em 7 de fevereiro de 1930, em Meruoca, Massapê, Ceará, Brasil e casou-se, em 15 de outubro de 1981, em Sobral, Ceará, com José Waldemar Cisne, nascido em 25 de setembro de 1926, em Massapê, Ceará, filho de Antônio Thomaz Cisne e Maria Salomé Tomaz e faleceu em 14 de março de 2006, em sua cidade natal, com 79 anos, e foi sepultado em Santana do Acaraú, Ceará, Brasil.

 

3.3.2. Mário Henriques Aragão nasceu em 8 de dezembro de 1933, em Meruoca, Ceará, Brasil. Em 17 de dezembro de 1963, em Fortaleza, Ceará, casou-se com Maria Celeste Carneiro, nascida em 17 de junho de 1940, em Massapê, Ceará, filha de Francisco Cialdine Carneiro e Maria Noeme Frota Carneiro. O casal teve 2 filhas:

 

3.3.2.1. Rosane Maria Carneiro Aragão Costa, casada com Antônio José Gomes Costa. O casal teve 1 filho:

 

3.3.2.1.1. Mario Henriques Aragão Costa nasceu em 4 de outubro de 1993, em Fortaleza, Ceará.

3.3.2.2.

 

3.4. Francisca Teodora Henriques de Araújo nasceu aproximadamente 1900, em Meruoca, Ceará e, inupta, faleceu em 15 de fevereiro de 1995, em sua cidade natal, com 96 anos.

 

3.5. Luiz Gonzaga Henriques de Araújo nasceu em 1900, em Meruoca, Ceará. Casou-se com Lúcia Cerqueira Silva, filha de Aníbal Cerqueira Silva e Alaíde de Sá Barreto. O casal teve pelo menos 2 filhos:

 

3.5.1. José Ubirajara Silva de Araújo nasceu em 6 de julho de 1943, em Bahia.

3.5.2. Luiz Antônio Henriques

 

3.6. José Henriques de Araújo nasceu em 4 de fevereiro de 1907, em Meruoca, Ceará e falecido em 7 de outubro de 1975, em Sobral, Ceará. Em 5 de janeiro de 1942, em Sobral, Ceará, casou-se com Ana Excelsa Dias, nascida em 21 de junho de 1913, em Sobral, Ceará, e falecida em 13 de julho de 2003, filha de Manoel Boaventura Anastácio e Maria Dias Assumpção. O casal teve 2 filhos e 4 filhas:

 

3.6.1. Francisca Dias Araújo nasceu em 19 de janeiro de 1943, em Sobral, Ceará e faleceu em 19 de novembro de 2018, em Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, com 75 anos, casou-se com Antônio Camelo Nogueira, nascido em 13 de fevereiro de 1943, em Quixeramobim, Ceará, e falecido em 5 de novembro de 2009, em Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, filho de José Patrício Nogueira e Maria Camelo. O casal teve 2 filhas e 1 filho:

 

3.6.1.1. Patrícia Araújo Nogueira

3.6.1.2. Samya Araújo Nogueira

3.6.1.3. Regis Araújo Nogueira

 

3.6.2. Tarcísio Dias Araújo nasceu em 4 de dezembro de 1944, em Meruoca, Ceará. Casou em Sobral, Ceará, com Solange Melo, nascida em Sobral, Ceará, filha de Cesário Feijó de Melo e Raimunda Júlia Lira Melo, com que teve 2 filhos e 1 filha:

 

3.6.2.1. Enzio Melo Dias Araújo

3.6.2.2. Enziane Melo Dias Araújo

3.6.2.3. Tarcísio Dias Araújo Júnior

 

3.6.3. Maria de Jesus Dias Araújo nasceu em 23 de dezembro de 1949, em Sobral, Ceará. Em 2 de abril de 1975, em Sobral, Ceará, casou-se com Sebastião da Ponte Albuquerque, nascido em 31 de dezembro de 1944, em Sobral, Ceará, filho de Francisco Rubira de Albuquerque e Maria José Ferreira da Ponte. O casal teve 2 filhos e 1 filha.

 

3.6.3.1. Kelson Araújo Albuquerque nasceu em 20 de abril de 1978, em Sobral, Ceará. Em 5 de dezembro de 2015, em Fortaleza, Ceará, casou-se com Lorena Lopes Gurgel, nascida em 10 de novembro de 1986, em Fortaleza, Ceará, filha de Antônio Henrique Gomes Gurgel e Maria Leci Lopes. O casal teve 1 filho:

 

3.6.3.1.1. Diego Henrique Gurgel Albuquerque nasceu em 07 de novembro de 2018, em Sobral, Ceará.

 

3.6.3.2. Joyce Araújo Albuquerque nasceu em 30 de abril de 1980, em Sobral, Ceará. Casou-se em Sobral, Ceará com Cícero Silvério de Paiva Neto, nascido em 5 de novembro de 1968, em Mossoró, Rio Grande do Norte, filho de Antônio Silvério de Paiva e Maria do Perpétuo Socorro. O casal teve 1 filho e 2 filhas:

 

3.6.3.2.1. Giulia Albuquerque Paiva;

3.6.3.2.2. Cícero Silvério de Paiva Filho;

3.6.3.2.3. Giovana Albuquerque Paiva;

 

3.6.3.3. Leandro Araújo Albuquerque nasceu em 17 de outubro de 1984, em Sobral, Ceará, casou-se em Sobral, Ceará, com Jamile Rebouças Damasceno, com quem teve 1 filha:

 

3.6.3.3.1. Eva Rebouças Albuquerque

 

3.6.4. Terezinha de Jesus Henriques Dias Araújo nasceu em 4 de agosto de 1951, casou-se em Sobral, Ceará com Getúlio Borges Caminha, nascido em 14 de dezembro de 1947, em Oeiras, Piauí, filho de João Batista Borges Caminha e Thereza Vieira de Jesus. O casal teve 2 filhos e 1 filha:

 

3.6.4.1. Germano Araújo Caminha nasceu em 27 de novembro de 1977, em Fortaleza, Ceará. Ele faleceu em sua cidade natal.

 

3.6.4.2. Gisele Araújo Caminha

3.6.4.3. Gustavo Araújo Caminha

 

3.6.5. Rita de Cassia Dias Araújo nasceu em 1 de junho de 1953, em Meruoca, Ceará. Em 6 de julho de 1968, em Meruoca, Ceará, casou-se com Raimundo Marciley Lourinho, nascido em 13 de agosto de 1947, em Sobral, Ceará, filho de Joaquim Regino Lourinhoe Cyra Cavalcanti. O casal teve 2 filhos e 1 filha:

 

3.6.5.1. Marjory Araújo Lourinho

3.6.5.2. Mastroyane Araújo Lourinho

3.6.5.3. Raimundo Marciley Lourinho Filho

 

 

3.6.6. Pedro Aloisio Dias Araújo nasceu em 29 de junho de 1954, em Meruoca, Ceará, casou-se com Ana Maria Arcanjo, nascida em Sobral, Ceará, filha de Joaquim Tomás Arcanjo de Vasconcelos e Fátima. O casal teve 2 filhos e 1 filha:

 

3.6.6.1. José Henriques Araújo Neto

3.6.6.2. Lorena Arcanjo Araújo

3.6.6.3. Rodrigo Arcanjo Araújo

 

3.7. Elisa Henriques de Araújo nasceu em 1916, em Meruoca, Ceará, Araújo. Em 1937, em Massapê, Ceará, casou-se com seu primo legítimo José Carneiro Henriques (4.1.), nascido em 26 de junho de 1908, em Santana do Acaraú, Ceará, filho de José Pedro Henriques de Araújo e Francisca Carneiro da Costa. O casal teve 3 filhos e 1 filha:

 

3.7.1. Benedita Carneiro Henriques nasceu em 20 de dezembro de 1944, em Massapê, Ceará e faleceu em 21 de setembro de 1945, em sua cidade natal.

 

3.7.2. Antônio Carneiro Henriques nasceu em 19 de março de 1946, em Massapê, Ceará e faleceu em 19 de março de 1947, em sua cidade natal, com 1 anos.

3.7.3. Cirio Carneiro Henriques

3.7.4. Silvio Carneiro Henriques faleceu em 5 de setembro de 1965.

 

3.8. Maria Henriques de Araújo nasceu em 14 de janeiro de 1917, em Massapê, Ceará e faleceu em 28 de julho de 2008, em Meruoca, Ceará, com 91 anos, e foi sepultada em Meruoca, Ceará.

3.9. Antônio Henriques de Araújo casou-se duas vezes. Do 1º Matrimônio, com Francisca Barbosa, teve 3 filhos:

 

3.9.1. Getúlio Henriques de Araújo nasceu em 24 de agosto de 1959, em Fortaleza, Ceará e faleceu em 16 de novembro de 2002, em São Paulo, São Paulo, com 43 anos. Em 29 de junho de 1989, em Fortaleza, Ceará, casou-se Sandra Helena Broinizi Pereira, nascida em 14 de novembro de 1964, em São Paulo, São Paulo, filha de Silvio Pereira e Antonieta Maria Broinizi.

 

3.9.2. Rafael Henriques de Araújo Neto

3.9.3. Sóstenes Henriques de Araújo

 

Do 2º Matrimônio, com Tancy Mavignier, teve 1 filho:

3.9.4. Antônio Henriques de Araújo Júnior nasceu em 18 de abril de 1951, em Fortaleza, Ceará. Em 5 de janeiro de 1978, em Sorocaba, São Paulo, casou-se com Maria do Socorro Guedes, nascida em 28 de novembro de 1949, em João Pessoa, Paraíba, filha de Agripino Guedes e Maria do Carmo Santos Guedes.

 

4. José Pedro Henriques de Araújo nasceu em 1871, em Ceará. Ele casou-se com Francisca Carneiro da Costa em 1 de setembro de 1901, em Ipu, Ceará. Eles tiveram pelo menos 1 filho.

 

4.1. José Carneiro Henriques nasceu em 26 de junho de 1908, em Santana do Acaraú, Ceará. Ele casou-se com sua prima legítima Elisa Henriques de Araújo (item 3.7) em 1937, em Massapê, Ceará, Brasil. Eles tiveram pelo menos 3 filhos e 1 filha, citados no item 3.7.

 

5. Ângelo Henriques de Araújo nasceu aproximadamente 1872, em Santana do Acaraú, Ceará. Em 23 de abril de 1898, em Santana do Acaraú, Ceará, casou-se com Thereza de Jesus Maria, nascida em, aproximadamente, 1878, em Santana do Acaraú, Ceará, filha de José Joaquim Maranhão de Souza e Tereza do Coração de Jesus. Sem registro de descendência do casal.

 

6. Theresa Maria de Jesus nasceu aproximadamente 1874, em Santana do Acaraú, Ceará. Em 29 de abril de 1890, em Santana do Acaraú, Ceará, casou-se com Ignacio Linhares do Nascimento, nascido em Santana do Acaraú, Ceará, filho de Felix Francisco Linhares e Francisca Caetana do Espirito Santo. O casal teve pelo menos 3 filhos:

 

6.1. Sabino  nasceu em 18 de setembro de 1895, em Santana do Acaraú, Ceará;

6.2. Joaquim Linhares do Nascimento nasceu em 17 de junho de 1897, em Santana do Acaraú, Ceará;

6.3. José Linhares do Nascimento nasceu em 28 de dezembro de 1899, em Santana do Acaraú, Ceará.

 

7. Joaquim Henriques de Araújo nasceu em Santana do Acaraú, Ceará, casou-se com Maria Philomena de Jesus e teve pelo menos 1 filha:

 

7.1. Theresa Philomena de Jesus nasceu em 28 de fevereiro de 1896, em Santana do Acaraú, Ceará.

 8. João Raymundo de Maria nasceu em Santana, Ceará.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Biografia – Monsenhor MANUEL HENRIQUES DE ARAÚJO

O Monsenhor Manuel Henriques de Araújo nasceu no Sítio Trapiá, em Meruoca, que, na época, era distrito de Sobral/CE, a 10 de dezembro de 1897, sendo filho de Rafael Henriques de Araújo e Ana Pessoa da Costa Araújo, neto paterno dos santanenses Miguel Henriques de Araújo e Francisca Lourença de Jesus e neto materno dos meruoquenses Manoel da Costa Souza e Maria Fortunato Pessoa.

Em 1917, matriculou-se no Seminário da Prainha, em Fortaleza e recebeu o Presbiterato em Sobral a 30 de janeiro de 1927. Cantou sua primeira missa na terra natal a 7 de fevereiro do mesmo ano.

Seu primeiro ofício foi ser professor do Seminário Diocesano e capelão da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

Nomeado Vigário de Meruoca, tomou posse a 28 de outubro de 1928 permanecendo no cargo até 31 de outubro de 1930. Durante os dois anos de paroquiato construiu o Padre Manuel Henriques o cemitério de Ventura em 1929, ampliou o cemitério de Alcântaras em 1930 e fundou a "Obra Pontífice da Propagação da Fé" a 27 de outubro do mesmo ano. Na igreja Matriz de Meruoca, reconstruiu as bases das torres, elevando os pilares que faziam as sustentações e deslocando o sino para a base esquerda, já que este servia para fazer as chamadas para os momentos sagrados, realizados a partir das orientações temporais estabelecidas pela posição do sol ou da lua

Recebeu como doação do senhor Antero Coelho de Araújo, um rico tapete para o altar-mor, no valor de seiscentos mil réis. O Sr. Antero era natural de Imperatriz no Maranhão.


De 7 a 13 de agosto houve visita pastoral presidida pelo Bispo de Sobral, Dom José Tupinambá da Frota em Meruoca. A 31 de outubro de 1930, o Padre Manuel Henriques foi nomeado Vigário de Camocim, tendo sido o idealizador da construção Igreja de São Pedro, foi também responsável por uma campanha para angariar recursos para a sua construção. Em 12 de fevereiro de 1939, foi transferido para a Paróquia de Viçosa do Ceará.

Em 05 de janeiro de 1943, foi provisionado como Pároco de Coreaú, onde ficou até 30 de dezembro do mesmo ano.

Nomeado a 2 de janeiro de 1945 a 11 de fevereiro assumiu a Paróquia do Patrocínio em Sobral, função que exerceu até 31 de dezembro de 1948.

A 10 de janeiro de 1949 tomou posse da Paróquia de Massapê, o seu mais profícuo apostolado que se encerrou em a 1970. Em abril de 1958, num gesto de agradecimento às virtudes, trabalhos e bens espirituais emanados do fecundo ministério sacerdotal, foi agraciado com a dignidade de Monsenhor Camareiro Secreto de Sua Santidade o Papa Pio XII.

Mons. Nel, como era conhecido, depois de sentir-se mal ao retornar de uma missa de finados celebrada no Cemitério Abrão, na tarde do dia anterior, faleceu em Meruoca a 3 de novembro de 1973 e foi sepultado no Cemitério Paroquial de Meruoca, hoje Cemitério São Vicente de Paulo.

O Município de Meruoca, através da Lei Municipal nº 410, homenageou Monsenhor Henriques atribuindo seu nome a uma Travessa no Bairro Dom Expedito. É nome de escola em Tianguá, Massapê e Meruoquinha.



Fonte: SOARES, José Wellington Lucio. e SOARES, Francisco Edson Lucio Soares. in Monsenhor José Furtado Cavalcanti: sua história de vida na história de Meruoca. Meruoca/CE: Sertão Cult, 2019.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Francisco Rubira de Albuquerque

Francisco Rubira de Albuquerque nasceu em 23 de novembro de 1903, na localidade de Terra Nova, em Massapê, na Zona Norte do Ceará. Era filho de Bartholomeu Alves de Souza e Maria Emília de Aguiar. Seu pai, Bartholomeu, era filho de Eduardo de Sousa Farrapo e Anna Maria de Jesus, enquanto sua mãe, Maria Emília, era filha de Francisco Solon de Aguiar e Emília Júlia de Albuquerque.

 


Rubira iniciou seus estudos em Massapê-CE. No entanto, em 1908, após o falecimento de sua mãe, ele foi morar em Sobral, Ceará, com seu tio-avô materno, Domingos Ferreira de Albuquerque, que era casado com Maria Jeronima Figueira de Sabóia, os quais se dedicaram a fornecer boa educação à Rubira.

 

Aos 16 anos, Rubira começou a trabalhar como comerciante, proprietário de um armazém na Rua Joaquim Ribeiro, em Sobral. Com o tempo, o seu comércio passou a agregar os ramos de secos e molhados, compra e venda de couros e peles de animais, além de uma representação da Empresa Esso, distribuindo querosene e gasolina.

 

Em 1930, Rubira casou-se com Maria José Ferreira da Ponte, filha do pecuarista José Feliciano Ferreira da Ponte e Rita Carmem de Aragão. O casal teve oito filhos: Armando da Ponte Albuquerque, Raimundo Newton da Ponte Albuquerque, José Anchieta Ponte de Albuquerque, Rita da Ponte Albuquerque, Caetano da Ponte Albuquerque, Maria Celina da Ponte Albuquerque, Antônio Ponte de Albuquerque e Sebastião da Ponte Albuquerque.

 

Rubira também foi um militante político em Sobral, sendo um fervoroso defensor da União Democrática Nacional (UDN), tendo como liderança regional o Dr. José Saboya de Albuquerque, uma das personalidades mais preponderante da política do Estado do Ceará nas décadas de 1930 à 1950. Rubira era um líder político influente nas regiões de Serra do Rosário e Várzea Redonda, distritos de Sobral.

 

Além de sua participação no comércio e na política, Rubira era conhecido por sua personalidade forte, simplicidade incomum, educação exemplar e retidão nos negócios que fazia. Embora fosse uma pessoa cortês, não levava desaforo para casa.

 

Rubira era um católico praticante e membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Sua fé em Deus e os mandamentos da Igreja Católica eram valores que ele transmitia a seus filhos e educava dentro de sua família.

 


Infelizmente, sua esposa Maria José faleceu em 1946, quando todos os seus filhos ainda eram menores de idade. Rubira, então, casou-se em 1949 com Antônia Ximenes de Aragão, conhecida como "Totônha", filha de Roberto Ximenes de Aragão e Thereza Ferreira da Ponte. Embora o casal não tivesse filhos juntos, "Totônha" foi uma madrasta maravilhosa para os filhos de Rubira.

 

Em 1950, Rubira foi nomeado Delegado de Polícia da Comarca de Sobral pelo Governador do Ceará, Raul Barbosa. Exerceu esse cargo por mais de dez anos. Paralelamente ao comércio, ele também foi Depositário Público do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

 

No esporte, Rubira foi entusiasta e apaixonado por esportes hípicos. Ele era sócio do Jockey Clube de Sobral e proprietário de vários cavalos vencedores, tais como "Dominó", "Mandarim", "Peter Pan", "Pagode", "Cruzeiro" e muitos outros que deixaram sua marca nas corridas. Sua dedicação ao turfe foi além da propriedade de cavalos, pois ele também atuou como Juiz de Pesos e Jóqueis por mais de trinta anos.

 

Além de sua participação no turfe, Rubira deixou sua marca no cenário esportivo local como fundador dos times de futebol Caixeiral Futebol Clube e Sobral Futebol Clube.

 

Após uma vida de realizações e contribuições para a sociedade de Sobral, Francisco Rubira de Albuquerque faleceu em 18 de agosto de 1993. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São José, na mesma cidade que tanto amou e serviu.

 

Em reconhecimento à sua importância e legado, o Município de Sobral prestou-lhe uma homenagem em 2019, dedicando o seu nome a uma rua local.

 

Rubira foi um homem de princípios sólidos, caráter forte e dedicação em diversas áreas de sua vida, desde o comércio até a política, esportes e fé. Sua história permanece viva na memória dos que com ele conviveu, sendo lembrado como um exemplo de simplicidade, retidão e compromisso com sua comunidade.

 

Fonte: CAVALCANTE, Arnaud de Holanda – Sociedade Sobralense 2: Vultos em Destaque. Sobral: Sobral Gráfica e Editora, 2019, Pgs. 199-200.