sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ciro, Lula, Dilma e Aécio juntos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quinta-feira, 15, que a base aliada tenha apenas um candidato para a corrida presidencial do ano que vem. “Gostaríamos que tivesse só um candidato. Uma eleição plebiscitária. Nós contra eles. Pão, pão, queijo, queijo”, afirmou. Lula fez a declaração após visitar as obras de transposição e revitalização do rio São Francisco. Ele esteve acompanhado dos dois presidenciáveis da base, a petista Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP). Foi significativa, sobretudo, a presença do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que posou para fotos ao lado das lideranças governistas. O presidente defende a candidatura de Dilma à presidência e a de Ciro ao governo de São Paulo com o apoio do PT paulista – que ainda não se posicionou e reluta em aceitar a ideia. O deputado mudou seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo. Mas sempre ressalta que o objetivo é se candidatar à presidência. Se Ciro bater o pé na disputa presidencial, especula-se que tiraria mais votos do tucano José Serra – mais cotado para concorrer pelo PSDB – do que de Dilma Rousseff. Grande desafeto do governador de São Paulo, Ciro ficaria na trincheira contra Serra e, com isso, poderia deixar Dilma com mais espaço para expor projetos, afastada da troca de acusações. O medo do PT é que a candidatura de Ciro cresça e ofusque a de Dilma. A última pesquisa Ibope apontou Ciro Gomes com 17% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Dilma (15%). O percentual de Serra caiu de 38% para 34%. Se o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, for o tucano na disputa, Ciro lidera com 27%, contra 17% de Dilma. Ceará No Nordeste, onde Lula tem índices extraordinários de aprovação, Ciro já foi governador do Ceará. O petista José Dirceu já ameaçou Ciro Gomes, dizendo que sua candidatura à presidência teria preço para o PSB nos palanques regionais, onde pode perder o apoio do PT.

Um comentário:

  1. Se pensarmos bem, mesmo sem um pingo de carisma, na hora de pôr o voto na urna o eleitorado que dá mais de 70% de aprovação a Lula votará em sua candidata, no caso, Dilma. Dificilmente outro candidato conseguirá se eleger sem o apoio do presidente, dada a sua imensa aprovação popular. Vão acabar morrendo na praia Ciro Gomes e Serra, cujo filme já vimos. O que pode mudar esse quadro é se o presidente resolver apoiar um outro, no caso Ciro. Aí sim, suas chances dobrariam. Esperemos.

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