Embalado pelos gritos da plateia de "vice, vice, vice", durante encontro do PSDB/DEM/PPS, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves disse que acompanhará de perto a pré-candidatura do colega de partido José Serra à Presidência da República. "Estarei ao seu lado onde quer que eu seja convocado", afirmou Aécio.
Durante seu discurso, ele afirmou que a unidade do PSDB é o melhor instrumento para ter no Brasil novamente um governo que priorize resultados. Aécio lembrou que em dezembro do ano passado abdicou da possibilidade de encabeçar a chapa do partido e alegou que este era um claro sinal de que estaria ao lado de Serra. "Estamos iniciando um grande embate", afirmou.
Aécio garantiu que o PSDB está preparado para debater sobre o futuro do País e também não se negará a discutir o passado do partido se assim os opositores desejarem. "Não há nada que nos envergonhe", afirmou.
O ex-governador disse que se o Brasil é um País melhor hoje, é porque o PSDB esteve ao lado do presidente Tancredo Neves (avô de Aécio), em 1985.Ele também citou outros momentos históricos que receberam o apoio do PSDB, como o impeachment do presidente Fernando Collor e o lançamento do Plano Real. Em contrapartida, de acordo com Aécio, o PT passou ao largo de muitos desses acontecimentos porque não se tratavam de projetos que nasceram dentro do Partido dos Trabalhadores. "O Brasil não foi descoberto em 2003" afirmou.
O ex-governador reconheceu as privatizações feitas no passado pelo PSDB. "Privatizamos sim, mas setores que precisavam, como o de telefonia e a siderurgia. Eles (PT) negaram a eficiência", ressaltou. Depois dessas críticas diretas ao Partido dos Trabalhadores, Aécio disse que iria reconhecer, em pleno encontro do PSDB, virtudes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas uma delas esteve acima de todas as outras: Lula manteve inalterada a política econômica de Fernando Henrique Cardoso", disse arrancando fortes aplausos da plateia.
Na avaliação de Aécio, não há proposta de governo melhor para o País do que a de José Serra. Ele disse também que deseja, a partir de agora, "um governo que faça menos propaganda". "A partir deste momento, o candidato de Minas Gerais é José Serra", disse para a plateia. Voltando-se para o ex-governador de São Paulo, acrescentou: "Serra, a partir de hoje, sua voz será a nossa voz".
Fonte. DN ultimas
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